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terça-feira, 6 de março de 2018

O Ano do Laicato




                 Acredito que vivemos um tempo único na história da Igreja no Brasil, onde os novos gigantes da fé saem das fileiras do laicato. Esta afirmação parte de uma constatação que se resume em uma frase: "os leigos estão salvando a Igreja no Brasil". Obviamente, muitos alegarão exagero nesta afirmação, e em parte e com justiça, que o leigo não pode nos dar a Eucaristia, tão pouco os demais sacramentos etc. Mas o que se tornou a ministração dos sacramentos em nossas paróquias? Quase um serviço assalariado, onde a ministração negligente e desleixada dos sacramentos por boa parte do clero contrasta com a evasão em massa dos fiéis para outras religiões, ou mesmo para o indiferentismo religioso. 

Os padres, em sua maioria, já não evangelizam, já não atraem vocações para o sacerdócio; tão pouco dedicam o devido esforço na salvação das almas, que deveria ser uma lei suprema a nortear suas vidas. Não é difícil constatar isso! Por outro lado, -- cumprindo parte modesta da missão negligenciada por muitos sacerdotes --  leigos engajados que tem dispensado esforços hercúleos na recondução de inúmeros desgarrados de volta ao redil de Cristo. Por certo, a grande maioria de neo-conversos que participam ativamente da Igreja, vieram a ela, através dos empenhos evangelizadores de leigos. E isto é notório. 

Todavia, percebe-se que os recém chegados à Igreja, logo, esmorecem ao deparar com tamanha frieza que encontram naqueles que seus olhos passaram a ver como alter christus, ou seja, os sacerdotes.  

No dia 26 de novembro de 2017, dia da solenidade de Cristo Rei, a CNBB proclamou o Ano do Laicato que deve durar até o dia 25 de novembro de 2018. No entanto, percebe-se que este reconhecimento ou chamado ao protagonismo leigo, vem tardiamente. O leigo tem sido protagonista na evangelização em muitas paróquias há décadas, onde os padres, cumprem, muito enfadonhamente, aliás, o mínimo que se lhes pede de suas missões.

Que o nosso leitor não compreenda essa nota como uma  critica rispida movida por má fé, mas uma simples externação de uma indignação sincera que sentimos com o lastimável estado que vemos a vida eclesiástica assumir em muitas paróquias. 

Sem nos eximir, porém, da obrigação que nos cabe de orar confiantemente a Deus pelos sacerdotes, pedimos santas vocações e dignos ministros, e recomendamos isso, a todos que nos lêem. 

Rezem pelos sacerdotes!       

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