"Revistam-se os teus sacerdotes de santidade" (Salmo 131, 6)
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"Minha
batina,com que alegria e juvenil transporte eu te vesti,
batina
tão querida! Nessa cor preta, que relembras a morte,
com
voz tão clara só me dizes: vida.
O
teu pesado e desejado porte, à epopeia de Cristo me convida.
E
eu que era fraco, só me sinto forte,
Era
medroso e só desejo a lida.
Dentro
de ti, eu me sinto guardado,
Tal
qual fora intrépido soldado,
A
combater de um forte baluarte,
E
eu juro a Deus,
perante os céus e a terra,
Pois
que a batina o meu futuro encerra,
Minha
batina, eu juro honrar-te".
(Padre
Manuel Albuquerque)
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"Minha
pobre batina mal cerzida,
tu
vales mais que todos os amores,
pois,
embora negra, enche-me de flores,
e
de esperanças imortais,
a
vida com seus sorrisos escarnecedores,
zomba
o mundo de ti, de ti duvida,
porque
não sabe a força que na lida tu me dás,
do
teu beijo aos resplendores
E
a mostrar-me do mundo a triste sina,
toda
volúpia das paixões apagais.
Oh,
como o bravo envolto na bandeira,contigo hei de morrer minha batina.
Ó
minha heroica batina e santa companheira".
(D.
Francisco de Áquino Corrêa)
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Dizem que a sociedade está cada vez mais
hostil à religião. Mas não estaria está mesma sociedade privada dos
sinais exteriores da santa religião? Os católicos não baniram de seus peitos o
crucifixo e o rosário de suas mãos? Mesmo a indispensavel modéstia, que
deveria ser um grande distintivo de todo cristão, jã não se percebe em suas
condutas.
Como querem que esta sociedade paganizada pense em Deus se os
cristãos lhe negam sinais d'Ele?
E o que se falar de um dos mais eloquentes sinais de Deus na sociedade: O sacerdote de batina? Sinal do homem que serve a
Deus -- algo raríssimo em nossos dias. Simplesmente, desapareceu!
Se os militantes das tantas ideologias atéias e pagãs enchem
todos os ambientes com suas simbologias, por que os cristãos escondem os sinais de sua fé?
E estes mesmos cristão que escondem os sinais exteriores da religião, muitas vezes, trazem sem
nenhum escrúpulo símbolos pagãos no corpo.
O sacerdote que deveria ser o primeiro a seguir avante neste mundo secularizado com sua
majestosa insignia sacerdotal. É o Primeiro a esconder seus sinais.
Os sacerdotes privaram os olhos da
sociedade de suas vestes majestosas que tanto temor incute nos ânimos e nas
consciências. Baniram este forte e eloquente sinal de Deus na
sociedade, isto depois de banirem também a postura modesta e piedosa que deveria caracterizá-los. Despidos de suas magníficas insígnias sacerdotais, do porte modesto e piedoso, tornaram-se mais um na multidão.
E por que abandonaram sua esplendorosa mortalha?
Por que a batina
traz um lembrete constante: "Vós não sois deste mundo" (Jo
15, 19). E este lembrete os incomoda!
Não
querem, os modernistas, dizer ao mundo que não
pertencem a ele.
Este lembrete evangélico é, entre tantos outros motivos, a maior causa desta revolta contra a batina.
Quando se ama avidamente a vida terrena, não há motivos para pensar
na vida eterna!
A batina também é sinal de uma aliança firmada para sempre com Deus! É para o sacerdote o que a aliança é para os casais. E um esposo só rejeita a aliança quando não sente orgulho de seu
matrimônio ou quando quer traí-lo.
Rolando Rivi (1931-1945), o mártir da batina.
Antes da onda modernista invadir a Igreja e abolir a batina, a
Divina Providência suscitou um magnifico exemplo para prepara as consciências sacerdotais sobre a grandeza daquela insígnia que seria abandonada em breve.
Um mártir da bátina.
Rolando Rivi foi um jovem seminarista italiano que entrou no seminário em um dos períodos mais turbulentos da História. O final da II Guerra Mundial, a queda de Mussoline e a fúria dos comunistas italianos sobre a Igreja.
Em
1944, quando as tropas nazistas ocuparam o seminário em que vivia Rolando Rivi,
este, junto com os companheiros, teve que retornar à vida secular.
E por conseguinte, intimado a
deixar de usar a batina por causa da onda anticlerical que varria a Itália.
Rolando, heroicamente se negou a tal imposição e permaneceu usando sua batina até seu último dia de vida terrena.
Quando questionado porquê continuava a usar a batina, em tempos tão hostis como aqueles, respondia prontamente:
"Eu estou estudando para ser padre e a
batina é o sinal de que eu sou de Jesus".
Em 10 de abril de 1945,
quando Rivi saía da Missa e retornava à sua casa, fora sequestrado por um grupo de partiggiani (Comunistas
italianos).
Sob poder dos comunistas, Rolando experimentou por três dias, torturas e humilhações variadas; revelando uma parcela da fúria que o inferno nutre pelo
sacerdócio e seu distintivo externo (a batina).
No terceiro dia de seu cativeiro, já semi morto pelos maltratos, com um tiro na cabeça os impios comunistas encerraram sua missão na terra!
A mensagem daquele martírio ficará aos séculos tenebrosos que despontariam.
Morreu por se recusar a tirar a batina! Morto in
odium fidei. Mártir da bátina.
Rolando
Rivi mostrou que o habito não só faz o monge, como pode fazer o mártir.
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