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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Um sorriso do paraíso




                       A maternidade era a maior ambição terrena de Chiara Corbella Petrilo, uma jovem italiana com os olhos e o coração voltados para a eternidade.
Suas duas primeiras experiências de gravidez não foram muito felizes: os recém nascidos não viveram mais que 30 dias.
O sorriso natural de Chiara resplandeceu ao ser comunicada que mais um filho estava por vir. No entanto, a alegria daquele anuncio fora acompanhado por uma noticia indesejada: Chiara estava com um câncer raro e não poderia tratá-lo durante a gravidez, a não ser que o faça comprometendo a vida do filho. Chiara não hesitou: deixou de lado o tratamento para dar continuidade a gravidez.
Apesar da notícia trágica, o ar festivo de Chiara não se desfez; a alegria de ser mãe lhe era bem maior do que a tragédia do câncer; uma alegria que contrastava com o ar desolado de seu marido Enrico, que se via perdido em um terrível dilema: a possibilidade de perder a esposa ou o filho.
Ao completarem-se os dia de gravidez, vinha ao mundo um menino saudável. Por outro lado, a saúde da mãe se esvaia em ritmo acelerado. O câncer foi implacável! destruiu parte da língua e levou a vista do olho direito. Mas, apesar do físico radicalmente debilitado, o sorriso de Chiara não perdeu o brilho. Pelo contrário, adquiria tal luminosidade em meio ao doloroso calvário que atravessava que, aos que a acompanhavam, Chiara tornava-se um sinal eloquente do paraíso e um exuberante testemunho de heroísmo perante o sofrimento. Aquele sorriso só veio cessar no dia 13 de junho de 2012, com sua passagem para a eternidade.
Chiara constitui-se um exemplo radiante que nos ensina a transcender as circunstâncias trágicas da vida com um novo olhar e nos incute animo resoluto para atravessar nosso calvário sem perder a esperança e a alegria.

***
 
Ao lado de Cristo, haviam outros dois supliciados, um blasfemava e o outro se resignava e alcançava o paraíso. O sofrimento pode ser a escada para o paraíso ou para os abismos. Isso dependerá de como o receberemos.

sábado, 9 de junho de 2018

Você conhece a verdadeira oração a São Miguel Arcanjo?




Você sabia que a oração a São Miguel Arcanjo que você costuma recitar, a famosa: "São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede nosso refúgio, etc", não é a verdadeira oração escrita por Leão XIII? Pois bem, esta oração que se difundiu entre os fiéis, a partir de 1934, é uma versão da verdadeira oração composta por Leão XIII em 1930, e que foi prescrita para ser recitada ao final da Missa. Abaixo apresentamos uma tradução da oração original.


Eis uma tradução na integra da oração original:

Oração a São Miguel Arcanjo

“Ó glorioso príncipe da milícia celeste, São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate e na terrível luta contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares (Ef. 6)! Vinde em auxílio dos homens os quais Deus criou imortais, feitos a sua imagem e semelhança, e resgatou por grande preço da tirania do demónio (Sab. 2; I Cor. 6).
Combatei neste dia, com o exército dos santos anjos, a batalha do Senhor como noutro tempo combateste contra Lúcifer, chefe dos orgulhosos, e contra os anjos apóstatas que foram impotentes em resistir-te e para quem nunca mais haverá lugar no céu.
Sim, esse grande dragão, essa antiga serpente que se chama demónio e Satanás, que seduz o mundo inteiro, foi precipitado com os seus anjos ao fundo do abismo (Apoc. 12). Mas é aqui que esse antigo inimigo, este antigo homicida levantou ferozmente a cabeça. Disfarçado de anjo de luz e seguido por toda a multidão de espíritos malignos, invade o mundo inteiro para apoderar-se dele e desterrar o nome de Deus e do seu Cristo, para afundar, matar e entregar à perdição eterna às almas destinadas à coroa de glória eterna. Sobre os homens de espírito perverso e de coração corrupto, este dragão malvado derrama também, como uma torrente de lama impura, o veneno de sua malícia infernal, o espírito de mentira, de impiedade, de blasfémia e o sopro envenenado da imundice, dos vícios e de todas as abominações.
Os inimigos cheios de astúcia têm acumulado de opróbrios e amarguras a Igreja, esposa do Cordeiro imaculado, e lhe dado a beber absinto; sobre seus bens mais sagrados impõem suas mãos criminosas para a realização de todos os seus ímpios desígnios. Lá, no lugar sagrado onde está instituída a sede de São Pedro e a Cátedra da Verdade para iluminar os povos, foi instalado o trono da abominação de sua impiedade, com o desígnio iníquo de ferir o Pastor e dispersar as ovelhas.
Nós te suplicamos, ó príncipe invencível, ajude o povo de Deus e concede-lhe a vitória contra os ataques destes espíritos dos réprobos. Este povo te venera como seu protetor e padroeiro, e a Igreja se gloria de tê-lo como defensor contra os poderes malignos do inferno. A ti, Deus confiou a missão de conduzir as almas para a felicidade celeste. Roga, portanto, ao Deus da paz que submeta Satanás aos nossos pés, tão derrotado e subjugado, que nunca mais possa impor a escravidão aos homens, nem prejudicar a Igreja! Apresenta as nossas orações à vista do Todo-Poderoso para que as misericórdias do Senhor nos alcancem o quanto antes. Submeta o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e o precipite acorrentado no abismo para que não mais possa seduzir as nações (Apoc. 20). Amém.
Desde já confiados à vossa assistência e protecção, com a sagrada autoridade da Santa mãe Igreja, e em nome de Jesus Cristo, Deus e Senhor nosso, empreendemos com fé e segurança repelir aos ataques da astúcia diabólica.
V/ Eis a Cruz do Senhor, fujam potências inimigas.
R/ Venceu o Leão da tribo de Judá, a estirpe de David.
V/ Que as tuas misericórdias, ó Senhor, se realizem sobre nós.

R/ Assim como esperamos em vós.
V/ Senhor, escutai a minha oração.

R/ e que o meu clamor chegue até ti.

Oremos:
Ó Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós invocamos vosso Santo Nome e imploramos insistentemente a Vossa clemência para que, pela intercessão da Imaculada sempre Virgem Maria, nossa Mãe, e do glorioso São Miguel Arcanjo, de São José, esposo da mesma Santíssima Virgem, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e de todos os santos, dignai-vos proteger contra Satanás e contra todos os espíritos malignos que vagueiam pela terra para destruir a humanidade e para a perdição das almas. Amém.”

terça-feira, 5 de junho de 2018

O que houve com a Irlanda Católica?




                  A reputação católica da Irlanda, há algum tempo, foi pelo ralo. Arrasada por graves escândalos sexuais e de outras espécies protagonizados por sacerdotes e religiosos que levou ao total descrédito o catolicismo no país, a voz da Igreja tornou-se a última a ser ouvida nos plebiscitos populares, deixando espaço aberto para o avanço de todas as pautas anticristãs que vinham sendo impostas a algum tempo por organismos estrangeiros como ONU e União Européia.
O que aconteceu com este país que em outros tempos fora chamado  de “Ilha dos Santos”, e até o início do século passado transpirava catolicismo por todos os poros? Como um dos cleros mais admirados do mundo tornou-se o mais corrupto no século atual?

Em 2010 o Papa Bento XVI escrevia uma lamuriosa carta aos católicos da Irlanda onde deplorava profundamente o lamentável estado a que chegou o catolicismo no país.
Não posso deixar de partilhar o pavor e a sensação de traição que muitos de vós experimentastes ao tomar conhecimento destes atos pecaminosos e criminais e do modo como as autoridades da Igreja na Irlanda os enfrentaram (Bento XVI, em carta aos carta aos católicos da Irlanda do dia 19 de março de 2010)
Bento XVI ainda reconhecera a contribuição do clero para o cenário desolador de secularização pelo qual passava a Irlanda. “DETERMINANTE foi também neste período [de secularização] a tendência, até da parte de sacerdotes e religiosos, para adotar modos de pensamento e de juízo das realidades seculares sem referência suficiente ao Evangelho”, escreveu o pontífice, em termos polidos, na ocasião. 

irlandesa comemora a aprovação do aborto no país

E junto com aquele lamento, o papa emérito trazia uma diagnose do problema, com ênfase a certos "procedimentos inadequados para determinar a idoneidade dos candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa", e concluía com  uma série de propostas para conter a sangria aberta no seio da Igreja Irlandesa. Mas as medidas eram tardias para um mal que já alcançara a espinha dorsal do clero. A imagem do catolicismo no país já estava gravemente comprometida.  Cinco anos após a célebre carta de Bento XVI, em 2015, um referendo popular aprovava o “casamento gay”; e atingindo o ápice do declínio moral, em 2018, o aborto era aprovado também em referendo popular.
A Irlanda Católica chegava ao fim! Ser católico no país tornara-se um estigma! E isso tudo graças a um clero corrompido.

A inclusão desnecessária de músicas protestantes na Liturgia Católica

  Pe. Marcelo Rossi foi um dos maiores responsáveis pela inclusão de músicas protestantes na Igreja Nas últimas décadas, assistiu-se uma inc...