A maternidade
era a maior ambição terrena de Chiara Corbella Petrilo, uma jovem
italiana com os olhos e o coração voltados para a eternidade.
Suas duas primeiras experiências de gravidez não foram muito felizes: os recém nascidos não viveram mais que 30 dias.
O sorriso natural de Chiara resplandeceu ao ser comunicada que mais um
filho estava por vir. No entanto, a alegria daquele anuncio fora
acompanhado por uma noticia indesejada: Chiara estava com um câncer raro
e não poderia tratá-lo durante a gravidez, a não ser que o faça
comprometendo a vida do filho. Chiara não hesitou: deixou de lado o
tratamento para dar continuidade a gravidez.
Apesar da notícia
trágica, o ar festivo de Chiara não se desfez; a alegria de ser mãe lhe
era bem maior do que a tragédia do câncer; uma alegria que contrastava
com o ar desolado de seu marido Enrico, que se via perdido em um
terrível dilema: a possibilidade de perder a esposa ou o filho.
Ao completarem-se os dia de gravidez, vinha ao mundo um menino saudável.
Por outro lado, a saúde da mãe se esvaia em ritmo acelerado. O câncer
foi implacável! destruiu parte da língua e levou a vista do olho
direito. Mas, apesar do físico radicalmente debilitado, o sorriso de
Chiara não perdeu o brilho. Pelo contrário, adquiria tal luminosidade em
meio ao doloroso calvário que atravessava que, aos que a acompanhavam,
Chiara tornava-se um sinal eloquente do paraíso e um exuberante
testemunho de heroísmo perante o sofrimento. Aquele sorriso só veio
cessar no dia 13 de junho de 2012, com sua passagem para a eternidade.
Chiara constitui-se um exemplo radiante que nos ensina a transcender as
circunstâncias trágicas da vida com um novo olhar e nos incute animo
resoluto para atravessar nosso calvário sem perder a esperança e a
alegria.
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