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quarta-feira, 27 de abril de 2016

De onde veio este papo de fundamentalismo


por Pe. José Eduardo de Oliveira e Silva

Quando você expõe um argumento racionalmente, com todo rigor metodológico, apresentando fontes primárias, documentação farta, e o seu interlocutor lhe fixa o rótulo de “fundamentalista”, inicialmente você tolera, mas depois começa a desconfiar que a recorrência da ideia não é casual…
De fato, hoje em dia, quanto mais uma pessoa repete chavões como quem pontifica infalivelmente, respaldado pelo chorum uníssimo da coletividade, mais é necessário averiguarmos qual a origem do bordão, essa sim, quase sempre infalivelmente ignorada pelo acusador.
O termo em questão foi uma invenção de teólogos conservadores presbiterianos e batistas que, por volta de 1910, para se distinguirem de teólogos “liberais”, acabaram por se autodenominarem “fundamentalistas”.
Contudo, a noção de “fundamentalismo” sofreu uma mutação, e esta sua nova acepção foi criada propositalmente para liquidar com a resistência religiosa ao secularismo-laicismo imposto pelos agentes globalistas com sua nova ética relativista.
Numa obra muito conhecida sobre o tema, Karen Armstrong afirma que o “fundamentalismo” é um fenômeno recente, característico do final do século passado.
“Um dos fatos mais alarmantes do século XX foi o surgimento de uma devoção militante, popularmente conhecida como ‘fundamentalismo’, dentro das grandes tradições religiosas. Suas manifestações são às vezes assustadoras. Os fundamentalistas não hesitam em fuzilar devotos no interior de uma mesquita, matar médicos e enfermeiras que trabalham em clínicas de aborto, assassinar seus presidentes e até derrubar um governo forte. Os que cometem tais horrores constituem uma pequena minoria, porém até os fundamentalistas mais pacatos e ordeiros são desconcertantes, pois parecem avessos a muitos dos valores mais positivos da sociedade moderna. Democracia, pluralismo, tolerância religiosa, paz internacional, liberdade de expressão, separação entre Igreja e Estado – nada disso lhe interessa” (Karen Armstrong, Em nome de Deus. O Fundamentalismo no judaísmo, no cristianismo e no islamismo, Companhia das Letras, São Paulo, 2009, p. 9).
Pouco mais abaixo, a autora explicita ainda mais o motivo pelo qual seria necessário enquadrar os tais “fundamentalistas”: “Em meados do século XX acreditava-se que o secularismo era uma tendência irreversível e que nunca mais a fé desempenharia um papel importante nos acontecimentos mundiais. Acreditava-se que, tornando-se mais racionais, os homens já não teriam necessidade da religião ou a restringiriam ao âmbito pessoal e privado. Contudo, no final da década de 1970, os fundamentalistas começaram a rebelar-se contra essa hegemonia do secularismo e a esforçar-se para tirar a religião de sua posição secundária e recolocá-la no centro do palco” (Ibidem, p. 10).
Karen Armstrong
Em outras palavras, a preocupação fundamental da autora é assegurar aos agentes secularistas que continuem expandindo-se vorazmente, corroendo as raízes religiosas do ocidente, confinando os “religiosos” em sua intimidade até que os mesmos sejam totalmente aniquilados, e o homem pós-moderno possa continuar sendo alvo de um projeto pseudo-civilizatório irreligioso.
“No início de seu monumental Projeto Fundamentalista, em seis volumes, Martin E. Marty e R. Scott Appleby afirmam que todos os ‘fundamentalismos’ obedecem a determinado padrão. São formas de espiritualidade combativas, que surgiram como reação a alguma crise. Enfrentam inimigos cujas políticas e crenças secularistas parecem contrarias à religião. Os fundamentalistas não vêem essa luta como uma batalha política convencional, e sim como uma guerra cósmica entre as forças do bem e do mal. Tentam aniquilá-lo e procuram fortificar sua identidade sitiada através do resgate de certas doutrinas e práticas do passado. Para evitar contaminar-se, geralmente se afastam da sociedade e criam uma contracultura; não são, porém, sonhadores utopistas. Absorveram o Racionalismo pragmático da modernidade e, sob a orientação de seus líderes carismáticos, refinam o ‘fundamental’ a fim de elaborar uma ideologia que fornece aos fiéis um plano de ação. Acabam lutando e tentando ressacralizar um mundo cada vez mais cético” (Ibidem, p. 11).
A obra citada por Karen Armstrong é a maior enciclopédia sobre o  “fundamentalismo”, composta em cinco volumes, escrita ao longo de quatro anos e conduzida sob os auspícios de – nada mais, nada menos que – a Fundação MacArthur, que patrocina centenas de projetos de pesquisa científica.
Trata-se de uma ação coordenada e inteligente para bloquear a resistência religiosa à Nova Ordem Mundial pela via da estigmatização verbal: qualquer tipo de pretensão pública da religião ou das pessoas religiosas deve ser taxada implacavelmente como “fundamentalista”.
Para eles, a religião deve ser aprisionada na vida privada, até desaparecer por completo. Toleram momentaneamente conviver com ela, desde que se restrinja à intimidade de cada indivíduo e não tenha nenhuma incidência na coletividade. E tudo em nome de um secularismo que precisa se impor, a despeito da reação espontânea do povo, que anseia pela transcendência, pela espiritualidade.
O pior é que muitos que se presumem espertos, até mesmo dentro da Igreja, acabam por apregoar justamente este conceito, construído para exterminá-los. Caíram numa armadilha preparada justamente para não ser percebida, e caíram feito patinhos. Sucumbiram à sua própria ausência de fundamentos e, chamando os outros de “fundamentalistas”, não perceberam que foram induzidos a fazê-lo e que o uso indiscriminado do termo “fundamentalismo” favorece unicamente um esquema de poder.

Publicado no site da Agência Zenit.


domingo, 24 de abril de 2016

A caridade: a marca dos verdadeiros heróis


"Maximiliano trazia consigo um lema encorajador: "O que temer, acaso não sabeis que sou da Imaculada?". Um filho da Imaculada nada teme, ainda que desça aos abismos sombrios, neles faz ressoar cânticos de alegria; ainda que seja precipitado nos pântanos escuros, neles faz florir jardins".




O ano era 1941, auge da II Guerra Mundial, e um trem carregado de prisioneiros chegava a Oswiecin, na Polônia. 
Entre os prisioneiros estava um humilde frade franciscano polonês, Frei Maximiliano Maria Kolbe, fundador da Legião de Maria e da Cidade da Imaculada. 

Ao chegar ao sombrio destino, frei Maximiliano é conduzido ao Bloco 17, do trabalho forçado. 
Com algumas semanas de trabalho intenso e subumano, adoece e é conduzido ao bloco 12, dos inválidos. 

Passados uns dias, uma fuga põe em pânico todo o acampamento dos prisioneiros. 
A lei de Auschwitz é implacável com estes episódios, 
para cada fuga, dez prisioneiros são condenados ao bunker da morte, área no subterrâneo do campo. 

Na ocasião da fuga, após o retorno aos alojamentos, o comandante dá pela falta de um prisioneiro e, com voz grave e raivosa anuncia a sentença inexorável que empalidece a todos:
"Visto que o prisioneiro não aparece, dez de vós irão para a morte". 
E passando com olhar ferino entre os prisioneiros, escolhe um por um os condenados. 
O terror estava instaurado, e os gritos de desesperos se ouviam no alojamento. 
Mas, um caso em especial chamou a atenção de Frei Maximiliano, que acompanhava tudo em silêncio. 
Era um pai de família, cujo terror estava estampado no rosto e com a face banhada de lágrimas despedia-se da esposa e dos filhos, que saltavam gritos desesperadores. 

Maximiliano paraliza-se perante aquela cena comovente que se desdobrava a sua frente, e num instante, uma centelha de caridade divina lhe abrasa a alma. 
"Um momento!", sua voz num átimo de segundos rompe o terror instaurado naquele alojamento. 
E todos voltam-se para ele. 
"Quero ir eu para a morte no lugar daquele pai de família". 
"Qual a tua profissão?", interroga o áspero comandante. 
"Sacerdote Católico!". 
"Por quê fazes isso?"
"Este pai é mais importante para sua família do que eu para a sociedade". 
O comandante perplexo ante ato tão extraordinário de heroísmo, mas brutalizado por sua missão, aceita o sacrifício. 
E Maximiliano, junto com os outros condenados são despidos e lançados num subterrâneo tenebroso, onde outros prisoneiros já definhavam. 

Sem qualquer chance de fuga ou sobrevivência, frei Maximiliano resigna-se perante a sina tão esperada e que agora se desdobrava claramente  a sua frente. Tudo agora fazia sentido. A lembrança de um tempo distante vem a tona, quando Maximiliano ainda era apenas uma criança, e num dia especial, na Igreja de sua cidade, aos pés do altar de Nossa Senhora, recebe uma visita que o marcaria para a vida toda. Era a Virgem Santíssima que do céu vinha traçar para sempre a sua vocação. A Virgem toda resplandecente lhe aparece com duas coroas, uma branca, simbolizando a castidade, e outra vermelha, simbolizando o martírio. E a dulcíssima Virgem, voltando-se ao pequeno Maximiliano lhe deixa uma escolha: A qual das duas queres receber? Sem titubear, Maximiliano escolhe as duas. Muito tempo depois, ali estava Maximiliano para receber suas gloriosas coroas, da castidade, conservada ilibada durante toda a vida, e do martírio que alí, naquele campo sombrio se consumiria.
Enquanto não chegava esta hora, Maximiliano aproveitava para consolar os outros condenados e prepara-los para a hora final. 

Durante os dias que Maximiliano esteve alí, se ouviam, naquele local de tormentos, cânticos a Virgem e orações fervorosas. 
Passam-se duas semanas, e a proximidade da morte é cada vez mais sentida. 
Maximiliano então, ouve a confissão de seus companheiros de suplício e lhes aconselha a oferecer a Deus seus sofrimentos e perdoar seus algozes. 
Ao fim da terceira semana, só restam quatro vivos, entre eles está frei Maximiliano. 

Os soldados quando abrem o calabouço, para lançar novos condenados, se surpreendem ao encontrar ainda alguns condenados vivos. 
E num ato truculento, um dos soldados desce até os condenados e lhes aplica uma injeção letal de ácido muriático. 
Maximiliano é o primeiro a receber a formula fatal. E em instantes cai fulminado, com os olhos para fora... 
Era o dia 14 de agosto, véspera da Assunção de Nossa Senhora!

Os últimos instantes de Maximiliano foram narrados por Bruno Borgowiecz, que por uma sanha diabólica era obrigado pelos soldados a descer ao subsolo para ver o sofrimento dos condenados. 

Maximiliano trazia consigo um lema encorajador:
"O que temer, acaso não sabeis que sou da Imaculada?". 
Um filho da Imaculada nada teme.
Ainda que desça aos abismos sombrios, neles faz ressoar cânticos de alegria; ainda que seja precipitado nos pântanos escuros, neles faz florir jardins. 
Nem os grilhões o podem detêr; nem as chamas o podem calar. 
Porque a caridade abrasa seu peito e a esperança o lança para o alto, com a firmeza da fé. 


Erick Ferreira

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Leituras




Thomas Rockwell


Uma nação se faz de homens e livros
Monteiro Lobato



Um certo autor, aliás, muito suspeito, escreveu certa ocasião que "livros não transformam o mundo, mas transforma homens, que transformam o mundo". De certo modo, livros ainda estão por trás das mentes que transformam o mundo, seja para melhor ou para pior. Portanto, a boa seleção de nossas leituras ainda é um dado imprescindível em nossa vida, visto que livros nos influenciam mais do que podemos imaginar. "O homem é filho de suas ideias", dizia Mons. Zaffonato, por isso, nada melhor do que uma boa seleção de leituras.
Neste sentido, listo aqui algumas obras de vários gêneros, que muito me influenciaram. Nestes autores, encontrarás fonte segura e precisa para muitos assuntos que talvez te inquietem.

*** * *** 


Dez livros que estragaram o mundo - Benjamin Wiker
A arte de escrever - Antoin Albalat
O século do nada - Gustavo Corção
cristianismo puro e simples - C. S Lewis
Ortodoxia - G. K Chesterton
Os pensadores da nova esquerda - Roger Scruton
O futuro do pensamento brasileiro - Olavo de Carvalho
Carta aberta aos católicos perplexos - Mons. Marcel Lefebvre
Hereges - G. K Chesterton
As Heresias - Hillaire Belloc
Dois amores, duas cidades - Gustavo Corção
Os três diálogos e o relato do anticristo - Wladimir Soloviev

ANTROPOLOGIA
Casa Grande & Senzala - Gilberto Freyre
Notas para uma definição de cultura - T. S Elliot

ARTES
Beleza - Roger Scruton
Arte e beleza na estética medieval - Umberto Eco
Curso de Estética - Georg F. Hegel
Idea: a evolução do conceito de belo - Erwin Panofsky
Glória: Uma estética teológica - Hans Urs von Balthasar

DIREITO
Os direitos do homem - Thomas Paine
As leis - Platão
Teoria Tridimensional do Direito - Miguel Reale
A influência do cristianismo no desenvolvimento das leis - Harold Berman
A interação de lei e religião - Harold Berman
As Leis - Frédéric Bastiat

ECONOMIA
A mentalidade anti-capitalista - Friedrich von Hayek
Capital e juros - Eugen Böhm-Bawerk
Ação Humana: Um tratado de economia - Ludwig von Mises
A riqueza das nações - Adam Smith

ESPIRITUALIDADE (ASCÉTICA E MÍSTICA)
A ascética cristã - Jeronimo Ribet
A casta adolescência ou o Brilho da Mocidade - Mons. Tihámer Tóth
A subida do monte carmelo - S. João da Cruz
A religião e a juventude - Mons. Tihámer Tóth
Confissões - Santo Agostinho 
Exércicios espirituais - Sto Inácio de Loyola
O inferno existe! - Pe. André Beltrami
Filotéia (ou introdução a vida devota) - S. Francisco de Sales
Imitação de Cristo - Tomás de Kempys
História de uma alma - Sta Teresinha do Menino Jesus
O cura d'Ars - Francis Trochu
O diálogo da Divina Providência - Sta Catarina de Siena
O livro da vida - Sta Teresa de Ávilla
Prática de amor a Jesus Cristo - Sto Afonso Maria de Ligório
Rumo ao sol - Mons. Giuseppe Zaffonato
Tratado da verdadeira devoção a Santíssima Virgem Maria - S. Luis Maria Grignion de Montfort

FILOSOFIA
Aristóteles em nova perspectiva - Olavo de Carvalho
A filosofia e seu inverso - Olavo de Carvalho
Ética à Nicomaco - Aristóteles
Filosofia concreta - Mario Ferreira dos Santos
Espírito e realidade - Nikolaj Berdiajev
O desespero - Leon Bloy
O livre arbítrio - Sto Agostinho
Metafísica - Aristóteles
Socrates encontra Marx - Peter Kreeft
Teoria do Conhecimento - Mario Ferreira dos Santos
Visões de Descartez - Olavo de Carvalho

HISTÓRIA
  1. História Nacional
Carta de Pêro Vás de Caminha
A Verdade Sufocada - Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra
Camaradas - William Waack
Operação Orvil - Exército Brasileiro 
  1. História Global
A inquisição em seu mundo - João Bernardino de Gonzaga
A mentalidade medieval - Jacques Le Goff
Como a Igreja Católica construíu a civilização ocidental - Thomas Woods
Grandes pecadores, grandes catedrais - Cesare Merchi
Outono da Idade Média - Jan Huizinga
Outono da Idade Média ou Primavera dos tempos modernos - Phillipe Wolff
Para entender a inquisição - Prof. Felipe Áquino
A história da Igreja de Cristo - Henry Daniel Rops
Idade Média - O que não nos ensinaram - Regine Pernoud
Para um novo conceito de Idade Média - Jacques Le Goff
Tempos Modernos - Paul Johnson
O livro negro do comunismo - Stephane Courtois (Org)
Liberty or equality: the challenge of our time - Erik von Kuehlt-Leddihn

LINGUÍSTICA
Crátilo - Platão
Curso de Linguística Geral - Ferdinand de Saussure
A origem da linguagem - Eugen Rosenstock-Huessy

LITERATURA
A divina comédia - Dante Alighieri
A Revolução de Atlas - Ayn Rand
A revolução dos bichos - George Orwell
Crime e Castigo - Fiodor Dostoiéviski
Diário de um paroco de aldeia - George Bernanos
1984 - George Orwell
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
O homem sem qualidades - Robert Musil
Os Noivos - Alessandro Manzoni
Os Lusíadas - Luís de Camões
Quo Vadis? - Henryk Sienkievicz
História da Literatura Ocidental - Otto Maria Carpeaux

PEDAGOGIA
A vida intelectual - A-G Sertillanges
Paidéia; A educação do homem grego - Werner Jaeger
Didaskalikon - Hugo de São Vitor
Como educar seu filho - Mons. Alvaro Negromonte
Maquiável pedagogo - Pascal Bernardin
Etimologias - Isidoro de Sevilla
o pedagogo - Clemente de Alexandria

POLÍTICA
A ética protestante e o espírito do capitalismo - Max Weber
A república - Platão
As origens do totalitarismo - Hannah Arendt
A política da prudência - Russell Kirk
Escritos Políticos - Sto Tomás de Áquino
Comunismo: o ópio do povo - Fulton J. Sheen
Ideologia de Gênero: O neototalitarismo e a morte da família - Jorge Scala
O liberalismo antigo e moderno - José Guilherme Mérquior
Do liberalismo a apostásia - Mons. Marcel Lefebvre
O conceito de político - Carl Schmitt
Poder global e religião universal - Mons. Juan Claúdio Sanahuja
Política - Aristóteles
Psicose ambientalista - D. Luis Bertrand de Orleans e Bragança
Revolução e contra-revolução - Plínio Correia de Oliveira
Revoluções europeias - Eugen Rosenstock-Huessy
Reflexões sobre a revolução na frança - Edmund Burke
Sobre a liberdade - Stuart Mill
Tratado sobre a clemência - Sêneca
La Révolution - Mr. Jean-Joseph Gaumé

PSICOLOGIA
Em busca de sentido - Viktor Frankl
Ponerologia: Psicopatas no poder - Andrzej Lobaczeviski
Psicologia - Mario Ferreira dos Santos

SOCIOLOGIA
A rebelião das massas - José Ortega Y Gasset
A invasão vertical dos bárbaros - Mario Ferreira dos Santos
O espírito das revoluções - José Osvaldo de Meira Penna

TEOLOGIA
O homem e a eternidade - Reginald Garrigou-Lagrange
Sentir com a Igreja - Antonio Royo-Marin
Suma Teológica - Sto Tomás de Áquino
Jesus de Nazaré - Joseph Ratzinger