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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Ideologia de Gênero: A Subversão do Homem


Introdução

Estamos em face de uma gravíssima e radical rebelião contra a natureza humana, tal qual não se vira igual na história. A famigerada "Ideologia de Gênero" que apareceu sorrateiramente entre as pautas políticas internacionais é o resultado de um processo lento e gradual que se desenvolveu silenciosamente nos laboratórios revolucionários até seu despontar espalhafatoso em nossos dias. 

O termo "gênero", aqui utilizado, vai além de seu sentido  gramatical. Ele é o epiteto de uma reinterpretação sociológica da natureza humana. Em seu sentido gramatical, "gênero" é uma forma de classificação de seres e objetos dentro da condição feminina, masculina ou neutra, mas não é este o sentido que os ideólogos de gênero se utilizam nessa reinterpretação. Para eles, gênero é uma oposição ao sexo biológico, fazendo-se crer que, não somente, ninguém nasce homem ou mulher, mas, que não há um homem ou uma mulher, no sentido objetivo, mas apenas no mundo das ideias em conjunto com outras variedades de condições identitárias a critério do sujeito.
 Portanto, para os ideólogos de Gênero toda a determinação biológica, neurológica e anatômica humana não são fatores determinantes para a definição de uma identidade, pois somente fatores psicológicos e volitivos podem definir esta identidade. Em outras palavras, a vontade do sujeito deve estar acima da realidade biológica e o ser homem ou mulher é objeto de escolha individual. Para os ideólogos de gênero os indivíduos podem se criar e recriar livremente conforme seus desejos e caprichos.
Em síntese, a ideologia de gênero nega que o homem possua uma natureza definida naturalmente; tudo é fruto de construções sociais. Assim cria-se uma cisão entre o físico e o psicológico; entre a vontade e a realidade. Por isso vemos esta ideologia nefasta como a total subversão do homem. 


Um breve percurso histórico 


Karl Marx (1818-1883)

Para se traçar um breve histórico da constituição desta ideologia, é necessário voltar os olhos a Marx e Engels, que no longínquo século XIX lançaram as bases de uma reinterpretação histórica da constituição família e do papel masculino e feminino na sociedade.

      Marx, no entardecer de sua vida, amadureceu sua tese sobre as razões da desigualdade entre os homens, voltando os olhos à célula mater da sociedade. Cabe observar aqui que as conclusões teóricas de um autor costumam ser influenciadas pelo transcurso prático de sua vida, e neste sentido, Marx não fugiu a esta regra. O histórico familiar do ideólogo alemão exerceu forte influencia em suas conclusões, como veremos mais adiante. 

     Em sua obra inacabada (concluída e publicada por Engels) A Origem da família, da Propriedade Privada e do Estado (1884), Marx seguindo as teorias de um sociólogo americano chamado Lewis Henry Morgan, adere a tese da promiscuidade original da humanidade e, por conseguinte, a ausência de papeis definidos entre os sexos. Mas, a ausência de papeis definidos entre os sexos significa também, a ausência de uma entidade familiar monogâmica, nos moldes que hoje conhecemos, onde os sexos desempenham seus papeis na criação da prole.  
Por isso, a primeira das teses apresentadas em seu livro coloca a família moderna e monogâmica como o resultado de um processo de dominação de uma classe sobre outra. Tal como se percebe no seguinte trecho: 
"A família 'individual' moderna baseia-se na escravidão doméstica, franca ou dissimulada da mulher, e a sociedade moderna é uma massa cujas moléculas são as famílias individuais (...) na família, o homem é o burguês e a mulher o proletariado".(ENGELS, 1984, p. 80)
Neste sentido, se formulou a teoria da "dominação masculina" como ponto basilar da sociedade patriarcal:
 "O desmoronamento do direito materno, a grande derrota histórica do sexo feminino em todo mundo; o homem apoderou-se também da direção da casa; a mulher viu-se degradada; convertida em servidora, em escrava da luxúria do homem, em simples instrumento de reprodução" (Ibidem, p 61).
Marx aqui, também, assume um tom "humanístico", ao encenar uma pretensa preocupação com a condição da mulher dentro do matrimônio. Mas, na verdade, Marx estava traçando, inconscientemente, um auto-retrato. Ele era o homem opressor que ele mesmo descreve em sua teoria! Marx explorou a esposa Jenny por 16 anos; explorou a empregada Helena Demuth, com quem teve um Filho que nunca assumiu. Marx era o marido opressor, a "figura patriarcal" que retratava hediondamente em seus escritos. 
Neste ponto, sua hipocrisia nos revela uma característica comum da personalidade revolucionária: o revolucionário se vê acima de toda crítica; se crê um ser iluminado, portador da solução para todos os males da humanidade... Mas nunca excogita a hipótese de que o grande opressor que descreve e combate, habita também em seu ser. 

Influenciado, claramente, por seu histórico familiar, Marx concebeu, em sua mente obscura, "a entidade familiar como a origem de toda a desigualdade entre os homens...". Diz ele:
"A família moderna contém em si o germe, não apenas da escravidão (servitus) como também da servidão, [...] encerra, em miniatura, todos os antagonismos que se desenvolveram mais adiante, na sociedade e em seu estado" (Idem, p. 62).
E em outra parte, Engels, referindo-se e citando o co-autor, afirma:
"Num velho manuscrito inédito redigido em 1846 por Marx e por mim encontro a seguinte frase: 'A primeira divisão do trabalho é a que se faz entre o homem e a mulher para a procriação dos filhos'. Hoje posso acrescentar: 'O primeiro antagonismo de classes que apareceu na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher na monogamia; e a primeira opressão de classes, com a opressão do sexo feminino pelo masculino" (Idem, p. 70-71)
Marx apontou assim a inimiga, a família, a primeira bastilha a ser derrubada nesta insana revolução. E como se daria este processo de demolição de uma entidade opressora como aquela, da qual, todos, inclusive ele, estão ancorados? A resposta ficaria implícita em sua obra: retornando ao estágio inicial, em que ele chama "comunismo sexual" ou "promiscuidade original". Para Marx, nas sociedades primitivas "imperava o comércio sexual promíscuo, de modo que cada mulher pertencia igualmente a todos os homens e cada homem a todas as mulheres" (ENGELS, p. 31). E era esse o estado original da sociedade que foi "corrompido" pelo patriarcalismo e pelo triunfo do capitalismo.

Mas esta foi sua visão tardia, pouco visitada por seus epígonos -- os marxistas clássicos --, que se concentraram exclusivamente nas primeiras fases de seu pensamento, caracterizado pelo economicismo, o domínio estatal dos meios de produção, a construção da sociedade sem classes mediante a ditadura do proletariado, a crítica ao capital e a transformação da estrutura econômica e política da sociedade, etc. 

A missão de retomar a tese esquecida de Engels e Marx caberia a outro movimento que não se identificaria plenamente como marxista. Era a Escola de Frankfurt e as feministas modernas.

O Redescobrir de Marx


Kate Millet

Coube inicialmente as feministas do chamado "feminismo socialista" dos anos 60 e 70 compreender esta concepção tardia de Marx e aprofundá-la.

Kate Millet entendeu muito bem esta última descoberta que seria determinante aos rumos do pensamento marxista e na ideologia que irá ganhar corpo com o decorrer do tempo. Escreve ela em 1970:
"O grande valor da contribuição de Engels [e Marx] para a Revolução Sexual reside na sua análise do casamento patriarcal e da família... Na submissão do feminino ao masculino. Engels, assim como Marx, compreendeu o protótipo histórico e conceitual de todos os subsequentes sistemas de poder; de todas as relações econômicas opressoras e o próprio fato da opressão em si (...) Para que uma revolução sexual progredisse, seria necessário uma transformação social verdadeiramente radical e a alteração do matrimônio e da família como foram conhecidas através de toda história". 
(MILLET, 1970. p. 157). 
Deste pensamento deriva a conclusão feminista da família como "a gênese da psicologia do poder", que seria tema central das ideólogas de gênero. Por este motivo, esta instituição, a família, precisa ser destruída para o raiar da revolução no mundo.

Marx havendo apontado o grande empecilho (a família) para a revolução, não apontou -- ou não teve tempo para isso --, os meios para destruí-la. Millet começa a encontrar os meios para este fim... Porém, não cabe a ela o 'mérito' da questão... Ela dá alguns passos para o nascer da terrível ideologia que pretende destruir a entidade familiar.  


Para Marx, assim como para as feministas, as restrições que existem hoje ao incesto, zoofilia, pedofilia e demais aberrações sexuais não eram proibidas no começo da humanidade. Para ele, a sexualidade era totalmente livre e descompromissada e não culminavam em contrato matrimonial.
"Não só na época primitiva, irmã e irmão eram marido e mulher, como também, -- como acontece ainda hoje em muitos povos --, era lícito o comércio sexual entre pais e filhos" (ENGELS, p. 36). 
Logo, para Marx, está realidade primitiva foi a condição natural do homem e todas as subsequentes instituições e proibições foram criações culturais com objetivos de dominar e resguardar a instituição familiar, fonte da "psicologia do poder".


Shulamith Firestone (1945-2012)

Portanto a legalização de práticas bestiais é uma das fases necessárias neste processo de dissolução da família e construção da sociedade marxista.

Aprofundando e levando ao extremo o pensamento de Marx, surge nos anos 70, Shulamith Firestone com um aberrante estudo sobre a revolução marxista no campo da transformação estrutural e paradigmática da sociedade.

Em sua obra principal, A Dialética do Sexo, Firestone expõe abertamente as fases deste maléfico plano:
"Eis aqui algumas sugestões do sistema alternativo: A libertação das mulheres da tirania de sua biologia reprodutiva por todos os meios disponíveis e a ampliação da função reprodutiva e educativa a toda a sociedade globalmente considerada (...) Estamos falando de uma mudança radical! Libertar as mulheres de sua biologia significa ameaçar a unidade social, que está organizada em torno da sua reprodução biológica e da sujeição das mulheres ao seu destino biológico: A família (...) a total autodeterminação, incluindo a dependência econômica, tanto das mulheres quanto das crianças (...) é por isso que precisamos falar de um socialismo feminista (...) com isso, atacamos a família em uma frente dupla. Contestando aquilo em torno de que ela está organizada: A reprodução das espécies pelas mulheres, e sua consequência, a dependência fisíca das mulheres e das crianças... Eliminar estas condições já seria suficiente para destruir a família, que produz a 'psicologia do poder', contudo, nós a destruíremos mais! 
(...) A total integração das crianças em todos os níveis da sociedade (...) todas aquelas instituíções que segregam os sexos ou separam as crianças da sociedade adulta, por exemplo, a escola elementar, devem ser destruídas. Abaixo a escola! (...) e se as distinções culturais entre homens e mulheres e entre adultos e crianças forem destruídas, nós não precisaremos mais da repressão sexual que mantém estas classes diferenciadas, sendo pela primeira vez possível a liberdade sexual natural (...) Assim chegaremos à liberdade sexual para que todas as mulheres e crianças possam usar a sua sexualidade como quiserem. Não haverá mais nenhuma razão para não ser assim (...) em nossa nova sociedade, a humanidade poderá finalmente voltar à sua sexualidade natural 'polimorficamente diversa'. Serão permitidas todas as formas de sexualidade. A mente plenamente sexuada tornar-se-ia universal"
(FIRESTONE, p. 258-262)
Pois bem, o retorno ao estado primitivo de total liberdade sexual, descrito por Marx, é organizado e levado as últimas consequências por Firestone.  Destruindo os supostos tabus criados pela "sociedade machista", que criminalizou estas formas de sexualidade que hoje são marginalizadas como bestiais e criminosas, teremos o fim da família e o retorno a natureza real do homem, que foi reprimida por culturas opressoras, como gostam de exclamar as feministas. 

Esta revolução que pretende culminar com a total destruição da civilização ocidental e suas bases cristãs, está em pleno curso, e podemos ver seus claros reflexos em nosso cotidiano.
Um destes reflexos: Equiparar todas as espécies de uniões, por mais incongruentes e criminosas que sejam, já está estabelecida quase que irreversivelmente. 

Depois, estas mesmas espécies de uniões serão destruídas pela mesma revolução que as legalizou, criando um ambiente de total liberdade sem compromissos, conforme a sociedade primitiva, onde a sexualidade era plenamente livre e sem nenhuma restrição ou consequências criminais.

As pessoas poderão se relacionar sexualmente com quem, ou o quê, suas perversidades determinarem, sem precisar criar vinculos ou serem criminalizadas por seus abusos.

Assim, a entidade familiar será um mero vinculo obsoleto sem razão de ser. Portanto, a destruição da família é só uma parte da sociedade insana e bestial idealizadas por estes revolucionários (ou sociopatas). 

O Caso Reimer

A tarefa de dar nome àquela estranha concepção ideológica que nascia nos meios revolucionários, (com Marx, Millet, Firestone e CIA. LTDA) partiu do sexólogo estadunidense John Money.

O termo (gênero, do inglês gender) aqui empregado, foi usado por Money para designar uma percepção psicológica independente da realidade anatômica e biológica que seria responsável pelas "preferencias sexuais" de cada individuo. 


John Money

Segundo Money, os indivíduos nascem completamente neutros em relação a sexualidade; é a sociedade que impõe uma identidade  masculina ou feminina.

Fatores como a genitalidade e anatomia são detalhes insignificantes na construção desta identidade. 
Portanto, a identidade sexual poderia ser escolhida ou moldada livre e independentemente do sexo biológico.

Porém, esta teoria precisava de um dado experimental para ser respeitada no meio científico. E esta oportunidade apareceu em 1965, ao chegar ao conhecimento do Dr. Money uma tragédia ocorrida com um dos gêmeos, de um casal canadense (Janet e John Reimer). 

Bruce e Brian, (como se chamavam os gêmeos) aos 8 meses tiveram que ser submetidos a uma cirurgia de fimose... E por motivos não esclarecidos, durante a operação de Brian, os médicos utilizaram um eletrocauterizador em vez de bisturi, e acabaram destruíndo o orgão genital de Brian. 
A família arrasada com o acontecido, encontrou nas teorias de John Money a forma de superar o trauma do filho.

John Money, recebeu o casal com grande alegria por ver naquela tragédia a chance de provar sua teoria ao mundo.
Sugeriu transformar Brian em Brenda, e criá-lo como menina.
Uma cirurgia de mudança de sexo foi feita em Brian, e doses diárias de estrógeno lhe foram aplicadas para o desenvolvimento de características femininas.
E daí por diante o menino passou a ser criado como menina até os 14 anos. 


Brian Reimer, como Brenda

John Money registrou a experiência como um sucesso, e passou a divulgá-la e publicar inumeros artigos sobre ela.
Mas em certo período, Money, calou-se totalmente sobre o caso, e isto despertou suspeitas, especialmente em um especialista da Universidade do Havaí, Dr. Milton Diamond, que resolveu investigar o caso com a colaboração de outro especialista, o Dr. Keith Sigsmund.

Durante a investigação, os dois cientistas fizeram descobertas surpreendentes sobre o caso "Brenda".
Estas descobertas foram publicadas em um artigo intitulado Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine. 

No artigo, os pesquisadores revelam uma realidade totalmente diferente da descrita por John Money.  
Descobriram que "Brenda" desde os dois anos se rebelava contra a forma com que a criavam; rejeitava as roupas e os brinquedos femininos; tinha comportamentos claramente masculinos, etc. A situação agravava-se a cada dia, a ponto de não restar outra saída aos pais e aos psiquiatras que acompanhavam o caso, senão, revelar a macabra experiência a que submeteram Brian para tornar-se Brenda.

Após a revelação bombástica, Brian iniciou uma série de procedimentos para reverter aquela terrível situação. Se submeteu a inumeras intervenções cirurgicas, para restaurar sua verdadeira identidade sexual, decidiu chamar-se "David", e casou-se.
Porém, lhes restaram graves consequências da monstruosa experiência, como uma tendência depressiva que o levou a sucessivas tentativas de suicídio; a primeira aos 20 anos.
Sua esposa, não suportando o constante estado depressivo de David, o abandona. Seu pai se lança de vez no alcoolismo; seu irmão Bruce se suícida. 
E neste pulular de tragédias; David, aos 38 anos; se suícisa com um tiro no peito. 

Eis o resumo de uma tragédia que começou com a Ideologia de Gênero. 

Não obstante o fracasso da experiência de Money, a terrível ideologia definida por ele, foi levada adiante e recebe alguns retoques do psiquiatra Robert Stoller, que cria uma falsa distinção entre sexo e "gênero". E no final na decada de 90, a feminista Judith Butler, influênciada pelos trabalhos de Karl Korch, Louis Althusser e outros teóricos da escola revisionista de Frankfurt, e todos os autores  aqui referidos, deu acabamento final à esta maléfica tese.


Judith Butler

E decisivamente aplica à Ideologia de Gênero os princípios do desconstrutivismo de Derrida e Foucauld, que postula que existe uma única realidade universal: a linguagem. Não existe o objeto e o sujeito, só existe o discurso.
É esta mesma corrente teórica que dá origem aos termos que constroem uma nova realidade em nossos dias.

Lembrando que a Ideologia de Gênero é só parte desta nova realidade que se constrói por cima de toda uma cultura que fundou a civilização ocidental, e deu origem aos costumes e instituíções que regem o nosso cotidiano.
Desfazendo-se, ou dando novo sentido aos termos que dão nome as coisas, constroe-se pouco a pouco os muros da "nova sociedade" dos sonhos revolucionários de Marx, Firestone et caterva, através da criação de uma nova linguagem e por conseguinte, de uma nova consciência.

A Ideologia de Gênero é uma total negação da realidade objetiva.
Neste sentido, Butler afirma:
"O gênero é sempre um feito, ainda que não seja obra de um sujeito tido como preexistente à obra. No desáfio de repensar as categorias de gênero fora da metafísica da substância, é mister considerar a relevância da afirmação de Nietzsche em genealogia da moral, de que 'não há ser' por trás do fazer, do realizar, do tornar-se; o 'fazer' é uma mera ficção acrescentada à ação -- a ação é o tudo. Numa aplicação que o próprio Nietzsche não teria antecipado ou aprovado, nós afirmamos, como corolário: 'Não há identidade de Gênero por trás das expressões; essa identidade é performativamente constituída, pelas próprias 'expressões' tidas como seus resultados". 
(BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade, 8 ed. Civilização Brasileira, 2015, p. 56)
Em síntese, o que Butler esta afirmando é que: Não existe o ser! Isso mesmo que você leu. 

Aqui se revela outra face da Ideologia de Gênero: a negação dos direitos individuais.
Pois, se o individuo não existe, não pode reclamar direitos, não pode ser reconhecido pelo que não é! Pois ele pode ser muita coisa, sem ao mesmo tempo ser nada. 
O 'ser' para Butler é um constante 'devir' (vir a ser). 
Eis o grave conflito ontológico em que coloca o homem a confusa ideologia de gênero! 

O percurso final da Ideologia de Gênero: Capitalistas e Marxistas em aliança... 

Esta hedionda trama , cuidadosamente elaborada nos laboratórios marxistas, passa a ser inserida no ambiente político internacional de forma inesperada.

A medida que a Ideologia de Gênero ia se formando nos recantos revolucionários, entre os metacapitalistas das grandes fundações internacionais surgia uma preocupação premente: a explosão demográfica no mundo.

Para controlar e estudar esta explosão, John Rockefeller III, funda o Population Council (Conselho Populacional). Um orgão totalmente voltado as questões demográficas.


Ao mesmo tempo que os metacapitalistas se preocupavam em encontrar soluções para o "problema" demográfico, os marxistas trabalhavam na Ideologia de Gênero para destruir a instituíção familiar e construir a sociedade marxista.


Kingsley Davis

Em 1967, o ex-presidente do Conselho Populacional, Kingsley Davis (1908-1997), um demográfo de orientação marxista, pública um artigo onde criticava as políticas de controle populacional até então adotadas e, sugeria uma profunda mudança na própria estrutura da sociedade. Mudança que ele chamava de "institucional".

Em outras palavras, Davis entendeu que era necessário uma mudança radical nas consciências, especificamente, das mulheres, em relação à reprodução.

As críticas e sugestões de Davis não foram bem recebidas pelo Conselho Populacional... E Kingsley Davis foi esquecido na luta demográfica, até o ano de 1967, quando o Conselho Populacional constatou que de fato as políticas populacionais adotadas (aborto, esterilização, DIU etc...) não estavam surtindo efeito na luta pelo controle demográfico.


Adrienne Germain

Então, entra em cena uma discípula de Davis, Adrienne Germain, que é contratada pelo Conselho Populacional, como a portadora de uma suposta saída para a "crise" demográfica no mundo. E esta, solução, era simplesmente uma nova afirmação das teses de seu mestre (Kingsley Davis): a necessidade de uma profunda transformação nas consciências. E está solução, na verdade, estava nas mãos dos marxistas, especificamente das feministas e sua Ideologia de Gênero.

Ao encontrarem-se estas duas perspectivas (a marxista e a metacapitalista), a nova sociedade dos sonhos marxistas, parecia finalmente viável.
Assim, capitalistas e marxistas se juntam por um objetivo comum, ou melhor, por objetivos distintos, mas com o mesmo resultado: a destruíção da família e, por conseguinte, das bases culturais da civilização ocidental.

Os liberais das fundações internacionais tinham o capital para financiar a ideologia e os marxistas tinham  o meio para os objetivos metacapitalistas de controle populacional.

Assim, financiadas pelas grandes fundações internacionais (McCarthur, Ford, Rockeffeller et caterva), as feministas chegaram em Pequim na IV Conferência da Mulher, e conseguiram incluir o maléfico termo (gênero) na pauta da Conferência, que passou despercebido, sem qualquer definição considerável, pelos delegados que analisaram e votaram o texto final. 



Porém, o difundir do termo pelo mundo, sem uma definição precisa, e cada vez mais distante do seu sentido gramatical, levou alguns juristas a empreenderem um minucioso estudo sobre o "suspeito" termo implantado em Pequim.

O estudo empreendido pelos juristas lhes revelou a hedionda trama por trás daquela "simples" terminologia: A negação total de todo um fator natural, ou melhor, a negação do homem.

Quem poderia supor que aquele inofensivo termo, aparentemente tirado do ambiente gramatical, na verdade escondia esta escabrosa tese!

Com a verdadeira face revelada, alguns anos depois, na Conferência de Yogyakarta (Indonésia) em 2006, o termo maliciosamente mascarado em Pequim é definido e claramente imposto em sua pauta à todas as nações.
Em seus princípios, define a Conferência de Yogyakarta:
"Compreendemos a identidade de gênero como estando referida a 'experiência interna, individual e profundamente sentida que cada pessoa tem em relação ao gênero que pode ou não corresponder ao sexo biológico atribuído no nascimento, incluíndo-se aí o sentimento pessoal do corpo que pode envolver por livre escolha a modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgico ou outros; e outras expressões de gênero, inclusive o modo de vestir, o modo de falar e certos maneirismo". 
(Introdução, p. 6)
E algumas páginas adiante impõe:
"Os Estados deverão tomar todas as medidas legislativas, administrativas e de outros tipos que sejam necessários para respeitar plenamente e reconhecer legalmente a identidade de gênero 'autodefinida' por cada pessoa". (Princípio 3, letra B, p. 13). 
A partir desta conferência, o termo começa a figurar na pauta de todos os estados do mundo; alguns até passam a adotá-lo na sua legislação, como a Suécia.

E no Brasil, os primeiros grandes grupos de estudos em Ideologia de Gênero surgem em 2006, mas só  em 2013 aparece na pauta política como proposta para reger toda a educação no país através do PNE (2014).

Rejeitado pelo Congresso em 2014, o MEC, através do CONAE, tenta, arbitrariamente impôr a ideologia rejeitada aos municipios e aos estados através dos PME (Plano Municipal de Educação) e PEE (Plano Estadual de Educação).

Percebe-se que esta maléfica ideologia trata-se de "uma urgência" globalista com prazo determinado, e  não cessará enquanto a família, entidade natural e divina, não for completamente abolida.
  
Quem pensa que estes são os passos finais de um processo, engana-se, estes são os primeiros passos para a total subversão do homem e da sociedade.
Precisamos antepor a contra-revolução urgentemente a este projeto sórdido, reafirmando a família natural plenamente, em seus aspectos mais sagrados; o homem e a mulher em suas dimensões naturais, e a moral judaico-cristã na qual está alicerçada a cultura ocidental. Se isto não for feito Deus salvará seu povo assim mesmo... Pois nada pode destruir os projetos naturais estabelecidos por Deus... Porém, Deus triunfará sem você que não lutou por seus direitos; que não resistiu ao maléfico projeto de subversão da humanidade.

Se eles pretendem destruir o homem em sua totalidade, nós precisamos reconstruí-lo e reafirmá-lo conforme o modelo natural e divino. 


Unum cuore, et anima una

Cordialmente em Cristo

Erick Ferreira


Bibliografia:

ENGELS, Friedrich. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Trad: Leandro Konder. 9 ed. Civilização Brasileira, 1984.

MILLET, Kate. Política Sexual. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1979.

FIRESTONE, Shulamith. La Dialectica de los Sexos: Em Defesa de la Revoluccion Feminista, Editorial Kayrós, Barcelona, 1976.

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão de Identidade. 8 ed. Civilização Brasileira, 2005.

PRINCIPIOS DE YOGYAKARTA


2 comentários:

  1. Gostei muito da maneira clara e pode-se dizer concisa, do artigo. tenho pesquisado bastante, sobre este assunto, que é pura e simplesmente abominável! Só se consegue entender, como uma coisa totalmente diabólica como disse o Papa Bento XVI em 2013 e como afirmou o actual Papa Francisco. Confiamos no poder da oração e pedimos à querida Mãe do Céu, que tenha compaixão dos Seus filhos e o seu Imaculado Coração triunfe depressa. Obrigada por tão profundo esclarecimento

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  2. Agradeço pelo elogioso comentário Mila,
    De fato, estamos numa Batalha terrível, que por vezes salta do plano espiritual e se apresenta fisicamente sob a face desses ideólogos do mal.
    Siga o blog, e comente nas publicações. Confesso que não disponho de muito tempo para atulalizá-lo, mas o tempo que dispor estarei aqui compartilhando minha visão com todos.

    Até mais, e
    Salve Maria, mãe de Nosso Senhor

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