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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A Missa do 'Intróibo'



Este é um belíssimo relato de uma conversão que foi postado originalmente no blog Mulher Católica e que alegremente republicamos aqui. 
O texto original foi adaptado e recebeu algumas correções, sem sair da fidelidade aos fatos narrados.



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Um sacerdote xaveriano, recém ordenado, foi enviado à Amazônia brasileira para desempenhar sua missão sacerdotal. 
O vasto campo de missão do neo-sacerdote compreendia algumas areas de reserva indigena, onde diversas tribos ficavam anos sem a visita de um padre.

Durante uma visita a uma dessas aldeias que passava anos sem Missa. O sacerdote se confrontou com um surpreendente dialogo com o velho Cacique da tribo, após dizer a Missa conforme o novo rito.

O cacique, aproximou-se do neo sacerdote e afirmou com muita segurança:

– “Não tem mistério nenhum nisso que você acabou de fazer”.

O Padre muito surpreso com aquela afirmação, respondeu:

– “Como não tem mistério? Isso aqui é a Missa! Como você pode dizer que não tem mistério?”

– “Isso não é a Missa!”, redarguiu o Cacique.

– “E qual é a Missa,então?”.

– “É aquela que o Padre diz: Introibo ad altare Dei”.

Aquele velho Cacique havia servido nas Missas do antigo missionário francês que evangelizou aquela aldeia e,  já conhecia de cor o célebre introito... 
O padre pouco conhecia daquele rito, e resolveu informar-se. 

Ao retornar à sua casa, o padre foi falar sobre o ocorrido com seu Superior, que lhe disse de forma aspera:

– “Esses índios ignorantes não sabem de nada... Por que você está indo atrás deles? Eles não conhecem nada!”.

Mas, aquela conversa com o superior, não desfez a inquietação que o humilde cacique lhe causou. Foi à biblioteca e encontrou uma foto do seu Superior rezando a Missa de São Pio V, usando uma casula diferente, e na posição versus Deum

E assim foi nascendo um interesse maior por aquele rito... Tão belo, que sem  qualquer motivo considerável foi substituído. 

Toda esta inquietação o levou a uma crise espiritual. Ficou seis meses sem conseguir rezar a Missa segundo o Novo Rito; a confusão que ficou era tão grande que ele já nem sabia mais o que era a Missa.

O Padre voltou para sua terra, a Colômbia, onde encontrou o Pe. Rafael Navas *, que naquela época pertencia à FSSPX (Fraternidade Sacerdotal São Pio X), e este lhe explicou a emblemática questão dos ritos e todo o conturbado período inaugurado com o Concílio Vaticano II. 



Padre Navas com Padre Pinzón


Pe. Navas conseguiu que ele fosse para La Reja, na Argentina, no seminário São Pio X, onde  ficou 4 ou 5 anos. Lá ele aprendeu a rezar a Missa codificada por São Pio V e toda a riqueza da Igreja abandonada após o Concílio.

De volta a Colômbia, o sacerdote não foi aceito por bispo algum e se tornou padre vago. Sofreu a rejeição de seus irmãs no sacerdócio, não tinha onde dormir e se alimentar. 

Durante aproximadamente 8 anos, o padre ficou nessa situação: às vezes era acolhido na casa de algumas pessoas fiéis que queriam a Missa Tridentina, rezava na casa delas, e lhes prestava serviços espirituais.

Quando o IBP (Instituto Bom Pastor) foi fundado, o Pe. Navas, que já estava lá incardinado, chamou esse Padre para que ele também se juntasse a eles. Este Padre, convertido pelo cacique é o Pe. José Luiz Pinzón, atual Superior do Instituto do Bom Pstor em Bogotá na Colômbia.



O Padre Rafael Navas é o atual superior geral do Instituto do Bom Pastor no Chile e de toda a América Latina.



História relatada pelo Sub-diácono Rafael Scolaro, do Instituto Bom Pastor, no dia 21 de Julho de 2010, em aula/palestra para o Grupo São Pio V de Curitiba.

Fonte: Mulher Católica 


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