Que ironia! Enquanto os "progressistas" proclamavam o fim das antigas relações matrimoniais; o advento de um novo modelo de família; e um novo modelo de mulher, independente, liberal, sem amarras morais e religiosas, começa, inesperadamente a pulular por todos os recantos, a imagem oposta desta: a "esposa tradicional" com sua família numerosa e ancorada sobre valores que eles, os progressistas, julgavam extintos. O instagram virou quase que um reduto deste modelo de mulher que vem conquistando adeptos por todos os países ocidentais e orientais.
Conteúdos e mais conteúdos são compartilhados diariamente por mulheres exaltando as virtudes do lar... Muitas delas, inclusive, abandonaram carreiras profissionais para dedicarem-se ao cuidado do marido e dos filhos.
Ah, e aquela história de família sem filhos ou com filho único? Pois é... Ela também vem sendo escamoteada por estas mulheres, que orgulham-se de seus muitos rebentos e da vida tranquila ao lado do esposo.
Naturalmente, confrontar um estilo de vida que os progressistas investiram tão pesadamente para consolidá-lo nas sociedades contemporâneos tem seu preço. E em cada publicação que exalta as virtudes da esposa tradicional, da família tradicional, da maternidade, dos modelos tradicionais de homem e mulher... Sempre é acompanhado por uma enxurrada de críticas raivosas, que ajudam, sem querer a impulsionar ainda mais estas publicações.
As esposas tradicionais, estão vencendo de duas formas: aumentando seus alcances com tantos "haters" que divulgam inconscientemente seus conteúdos, e vencendo na corrida da vida. Afinal, quem procria mais vencerá quem morre sem posteridade. É a regra número 1 da guerra demográfica e cultural.
Uma das referências desta tendência "trad wife", Hanna Neeleman, a "ballerina farm", como alguns de seus seguidores a chamam, tem mais de 10 milhões de seguidores. Embora, seu alcance seja quase que incalculável. Mas, além dela, há um número incontável de outras mulheres que geram o interesse e a admiração de um bom número de mulheres mundo a fora através das redes sociais. E inclusive, ajudam outras mulheres a descobrirem tendências naturais soterradas pelo progressismo. Diante deste renascimento da tradição familiar, os progressistas veem-se desesperados. Nada parece conter este mar conservador. Talvez, não seja muito glorioso lutar contra a ordem natural das coisas. Como bem dizia o sábio Chesterton "tão forte é a tradição que as futuras gerações sonharão com aquilo que elas nunca viram". E, de fato, os bastiões deste renascimento são jovens esposas. Temos motivos para esperar algo melhor do futuro.