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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Viva Cristo Rei! O grito de um povo

      
        
O hostilíssimo regime do ditador Plutarco Elías Calles, dignamente cognominado Nero Mexicano, que se implantou sobre o México católico, instaurando uma série de leis anti-clericais que legava a religião à clandestinidade e evocava em pleno século XX os horrores do Império Romano. 

Nesta atmosfera bélica e obscura que se tornou aquela santa nação, um episódio marcará para sempre a alma do povo mexicano: O fuzilamento do Pe. Miguel Augustin Pro e seu grito majestoso que traduziu a fé de uma nação. 

Pe. Pro foi o incansável e destemido sacerdote jesuíta que colocou as forças callistas em polvorosa com peripécias inimaginaveis...
Ao ser capturado pelos federales, foi usado num audacioso projeto do diabólico ditador para intimidar os Cristeros, que tinham no Pe. Pro um grande líder.
Calles convocou os jornais e a tv para registrar aquele episódio, com o intento de intimidar o bravo exército de Cristo Rey.

Não esperava o impio ditador que, aquele fuzilamento, acabaria tomando rumos inesperados.
O que seria uma campanha contra os cristeros, tornou-se uma das mais belas propagandas da fé. 
E aquele exemplo viria incutir tanto ardor nos ânimos católicos, de modo que os cristeros animados pelo exemplo que assistiram, foram acometidos de tal força e coragem que quase esmagaram completamente as forças callistas. 

As câmeras postas para registrar um homem se acovardar ante a morte iminente e cruel que o esperava e assim, negar o seu Deus... Registraram, ao contrário, um sacerdote corajosamente acorrer ao martírio, ajoelhar-se em fervorosa prece, levantar-se e abrir os braços como seu divino Mestre, e bradar com todo o fervor de sua alma: "Viva Cristo Rey!".
E permanecer impassível, como bravo guerreiro de Cristo, ante as balas que abriram seu peito, sem calar sua voz. 

Aquele grito que ecoou de sua alma permaneceu entranhado no peito de cada católico daquela nação. Que ansiava também gritar Viva Cristo Rey ante os cruéis laicistas. 
Quem ficará indiferente a tão comovente grito! 

Aquelas cenas impulsionaram tantas conversões, e incitaram tantos animos a lutar por Cristo Rei!
De modo que, foram imediatamente destruídas aquelas gravações pelos callistas. E a mera posse de quaisquer imagens daquele glorioso fuzilamento tornaram-se um crime.

E aquele grito que ecoou dos lábios do Pe. Pro, -- "Viva Cristo Rey!" --, tornou-se o grande temor dos ouvidos anticlericas a ponto de se cortar a língua dos cristeros antes do martírio para não ouvirem mais aquele grito.

Viva Cristo Rey!

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Abaixo algumas imagens do martírio  de Pe. Pro
       
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sábado, 3 de janeiro de 2015

A Igreja de Cristo: Como conhecê-la


  
     Republicamos aqui uma reflexão do piedosíssimo Mons. Fulton J. Sheen, que foi postado no excelente blog Fratres in Unum em 4 de dezembro de 2013. Aqui lhe damos o título de "A Igreja de Cristo - Como conhecê-la!". Sem mais delongas, vamos ao texto.



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        "Se eu não fosse católico e estivesse procurando a verdadeira Igreja no mundo de hoje, eu iria em busca da única Igreja que não se dá bem com o mundo. Em outras palavras, eu procuraria uma Igreja que o mundo odiasse. Minha razão para isto seria que, se Cristo ainda estivesse presente em qualquer uma das igrejas do mundo de hoje, Ele ainda deve ser odiado como era quando estava na terra, vivendo na carne.

Se você tiver que procurar uma igreja hoje, procure uma que não se dá bem com o mundo. Procure por uma igreja que é odiada pelo mundo como Cristo foi odiado pelo mundo. Procure pela Igreja que é acusada de estar desatualizada com os tempos modernos, como  Nosso Senhor foi acusado de ser ignorante e nunca ter aprendido. Procure pela Igreja que os homens de hoje zombam e acusam de ser socialmente inferior, assim  como zombaram de Nosso Senhor porque Ele veio de Nazaré. 

Procure pela Igreja que é acusada de estar com o diabo, assim como Nosso Senhor foi acusado de estar possuído por Belzebú, príncipe dos demônios.  Procure a Igreja que em tempos de intolerância os homens dizem que deve ser destruída em nome de Deus, do mesmo modo que os que crucificaram Cristo julgavam estar prestando seviço a Deus.

Procure a Igreja que o mundo rejeita porque ela se proclama infalível, pois foi pela mesma razão que Pilatos rejeitou a Cristo. Por Ele ter se proclamado a si mesmo a verdade. Procure a Igreja que é rejeitada pelo mundo assim com Nosso Senhor foi rejeitado pelos homens. Procure a Igreja que em meio as confusões de opiniões conflitantes, seus membros a amam do mesmo modo como amam a Cristo e repetem sua voz como a voz do seu fundador.

E então você começará a suspeitar que se essa Igreja é impopular com o espírito do mundo, é porque Ela não pertence a este mundo e uma vez que pertence a outro mundo, ela será infinitamente amada e infinitamente odiada como foi o próprio Cristo. Pois só aquilo que é de origem dvina pode ser infinitamente odiado e infinitamente amado. Portanto, esta Igreja é divina" 


Mons. Fulton J. Sheen, Rádio Replies, vol. 1, p IX, Rumbles&Carty, Tan Publishing - Tradução: Gercione Lima.